Índices da Bolsa Brasileira

julho 11, 2018

Os índices acionários refletem o desempenho de um conjunto teórico de ações ao longo do tempo, refletindo a evolução do mercado como um todo ou de algum setor ou segmento específico da economia.

No Brasil, por exemplo, o principal índice acionário é o Ibovespa, que mede o desempenho das ações mais negociadas do país desde 1968. É ele que, na prática, reflete o comportamento de nossa bolsa de valores, aparecendo diariamente nos telejornais e nos jornais impressos de nosso país.

Além do Ibovespa, porém, existem muitos outros índices que refletem setores ou segmentos específicos do mercado brasileiro e que podem ajudar o investidor a tomar suas decisões.

Sobre cada um deles, falaremos a seguir (atualizado em janeiro de 2021):

Ibovespa (IBOV)

É o principal índice da bolsa brasileira e é composto pelas ações mais negociadas do país. O peso de cada ação em sua carteira teórica é proporcional ao volume negociado no período de cálculo imediatamente anterior, ou seja, as ações mais negociadas possuem um peso maior na formação desse índice acionário, independentemente do valor de mercado da companhia.

1995 -1,26%
1996 +63,76%
1997 +44,84%
1998 +33,46%
1999 +151,93%
2000 -10,72%
2001 -11,02%
2002 -17,01%
2003 +97,33%
2004 +17,81%
2005 +27,71%
2006 +32,93%
2007 +43,65%
2008 -41,22%
2009 +82,66%
2010 +1,04%
2011 -18,11%
2012 +7,40%
2013 -15,50%
2014 -2,91%
2015 -13,31%
2016 +38,93%
2017 +26,86%
2018 +15,03%
2019 +31,58%
2020 +2,92%

IBrX 100 (IBXX)

Assim como o Ibovespa, contém as ações mais negociadas da bolsa brasileira. É, porém, muito mais preciso, já que o peso de cada papel é proporcional ao valor de mercado da companhia, e não ao volume negociado, que é levado em conta apenas na hora em que a carteira teórica é formada (logo, empresas em dificuldades e que apresentam grande volume financeiro, com investidores se desfazendo de seus papeis, tendem a ter um peso menor no IBrX e maior no Ibovepsa, já que, apesar do aumento do número de negócios, o valor de mercado dessas companhias tende a ser significativamente reduzido).

1995 -8,47%
1996 +54,08%
1997 +33,02%
1998 -37,79%
1999 +153,96%
2000 -0,82%
2001 -0,90%
2002 +5,70%
2003 +78,49%
2004 +29,85%
2005 +37,32%
2006 +36,06%
2007 +47,83%
2008 -41,77%
2009 +72,83%
2010 +2,61%
2011 -11,39%
2012 +11,55%
2013 -3,13%
2014 -2,78%
2015 -12,41%
2016 +36,70%
2017 +27,55%
2018 +15,42%
2019 +33,39%
2020 +3,50%

Índice de Small Caps (SMLL)

Busca medir o comportamento das empresas de menor capitalização da bolsa brasileira. É, portanto, muito mais volátil que o Ibovespa e que o IBrX, pois empresas menores, ainda que tenham maior potencial de crescimento (se valorizando substancialmente em períodos de bonança), são as mais impactadas em momentos de crise (em 2008, por exemplo, o Ibovespa caiu 41%, contra uma queda de 53% do Índice de Small Caps; em 2009, por outro lado, este índice se valorizou 137%, contra uma valorização de apenas 82% do Ibovespa).

2005 +14,50%
2006 +47,15%
2007 +20,78%
2008 -53,15%
2009 +137,53%
2010 +22,74%
2011 -16,63%
2012 +28,66%
2013 -15,21%
2014 -16,95%
2015 -22,37%
2016 +31,75%
2017 +49,35%
2018 +8,13%
2019 +58,20%
2020 -0,65%

Índice de Dividendos (IDIV)

Reúne ações de companhias com um bom histórico de distribuição de dividendos e de juros sobre o capital próprio (afinal, para fazer parte deste índice, a ação deve estar no grupo das empresas com os maiores Dividend Yield dos últimos 36 meses).

2006 +37,25%
2007 +42,61%
2008 -24,00%
2009 +55,47%
2010 +10,99%
2011 +13,99%
2012 +21,50%
2013 -4,24%
2014 -18,01%
2015 -27,45%
2016 +60,48%
2017 +25,27%
2018 +15,95%
2019 +45,16%
2020 -1,00%

Índice do Setor Financeiro (IFNC)

Mede o comportamento das ações de bancos, de empresas de previdência e seguros e de prestadoras de serviços financeiros.

2005 +69,15%
2006 +50,84%
2007 +25,24%
2008 -31,13%
2009 +79,35%
2010 +10,55%
2011 -7,40%
2012 +15,75%
2013 +2,94%
2014 +19,51%
2015 -12,42%
2016 +47,22%
2017 +25,97%
2018 +26,26%
2019 +30,55%
2020 -7,14%

Índice Imobiliário (IMOB)

Reúne ações de empresas relacionadas à construção civil e à exploração de imóveis.

2008 -69,23%
2009 +205,03%
2010 +10,46%
2011 -27,71%
2012 +22,37%
2013 -26,39%
2014 -18,12%
2015 -21,36%
2016 +32,72%
2017 +31,90%
2018 +6,99%
2019 +70,60%
2020 -24,27%

Índice de Energia Elétrica (IEEX)

Mede o desempenho das ações do setor de energia elétrica.

1995 -0,40%
1996 +93,20%
1997 +43,73%
1998 -44,61%
1999 +132,57%
2000 +15,10%
2001 +5,87%
2002 -27,44%
2003 +107,23%
2004 +5,65%
2005 +42,86%
2006 +40,84%
2007 +23,74%
2008 -11,64%
2009 +59,09%
2010 +11,98%
2011 +19,72%
2012 -11,72%
2013 -8,83%
2014 +3,47%
2015 -8,68%
2016 +45,58%
2017 +10,04%
2018 +24,00%
2019 +55,54%
2020 +8,12%

Índice de Utilidade Pública (UTIL)

É mais amplo que o Índice de Energia Elétrica e é composto por ações de empresas de geração, transmissão e distribuição de eletricidade, empresas de água e saneamento e empresas de gás.

2006 +37,83%
2007 +17,27%
2008 -13,02%
2009 +52,88%
2010 +11,53%
2011 +22,60%
2012 -6,35%
2013 -2,84%
2014 +3,05%
2015 -11,12%
2016 +54,00%
2017 +10,01%
2018 +32,24%
2019 +56,90%
2020 +1,71%

Índice de Consumo (ICON)

Mede o desempenho de ações de companhias dos setores de consumo cíclico e não-cíclico.

2007 +7,79%
2008 -35,28%
2009 +92,23%
2010 +25,56%
2011 +0,55%
2012 +40,44%
2013 +0,74%
2014 +11,60%
2015 -6,68%
2016 +13,23%
2017 +33,10%
2018 -9,57%
2019 +55,25%
2020 +0,81%

Índice de Materiais Básicos (IMAT)

Reúne as principais ações do setor de materiais básicos (minério de ferro, celulose, aço, etc).

2006 +39,39%
2007 +62,60%
2008 -47,81%
2009 +100,40%
2010 -6,01%
2011 -28,51%
2012 +20,27%
2013 +4,77%
2014 -31,62%
2015 -1,51%
2016 +33,55%
2017 +35,65%
2018 +28,58%
2019 +14,62%
2020 +50,64%

Índice do Setor Industrial (INDX)

Desenvolvido em parceria com a FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo), Mede o desempenho das principais ações do setor industrial da bolsa brasileira.

2000 +15,99%
2001 +4,12%
2002 +37,70%
2003 +105,25%
2004 +39,46%
2005 +7,80%
2006 +38,52%
2007 +40,09%
2008 -46,71%
2009 +88,82%
2010 +9,23%
2011 -12,12%
2012 +26,29%
2013 +3,22%
2014 -4,60%
2015 +5,26%
2016 -0,25%
2017 +20,13%
2018 +0,05%
2019 +40,36%
2020 +10,40%

Índice de BDRs Não Patrocinados (BDRX)

Reflete o desempenho dos BDRs Não Patrocinados, que representam ações de empresas estrangeiras que são negociadas na bolsa brasileira (por se referirem a ações cotadas em dólar ou em euro, os BDRs tendem a gerar bons resultados em períodos conturbados da economia, já que, mesmo que a cotação dos papeis a que se refiram diminua em seus respectivos mercados, a desvalorização do real frente a outras moedas tende a manter o preço dos BDRs, que são cotados em reais).

2010 +7,54%
2011 +11,70%
2012 +25,93%
2013 +48,81%
2014 +28,06%
2015 +52,29%
2016 -9,71%
2017 +24,06%
2018 +12,02%
2019 +35,67%
2020 +54,01%

Índice de Fundos Imobiliários (IFIX)

Reflete o desempenho das cotas de fundos imobiliários negociadas na bolsa de valores.

2011 +16,51%
2012 +35,04%
2013 -12,63%
2014 -2,75%
2015 +5,41%
2016 +32,33%
2017 +19,41%
2018 +5,62%
2019 +35,98%
2020 -10,24%

Observação: uma ação pode fazer parte de vários índices ao mesmo tempo.

Aproveite a visita e confira:

0 comentários

Faça parte de nossa comunidade:

Mantenha-se conectado: